sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cisne Petra, utopia!



Era uma vez uma cisne negra, chamada Petra, que nadava tranqüilamente no zoológico de Munique, na Alemanha. Tava lá, tranqüilona, quando os administradores do lugar resolveram botar um pedalinho (na tradicional forma de cisne) no lago, para os alemães passearem. Foi então que Petra se apaixonou pelo pedalinho!
Sim, a pobre cisne, assim como no Patinho Feio, não descolava nenhum pretê cisne. Daí, quando viu o pedalinho, caiu de amores. Nem percebeu que ele não era real. Assim como a gente faz de vez em quando na nossa vida amorosa.
Ficamos fantasiando que aquele pretê é muito incrível, que manda bem em várias coisas, quando, na verdade, ele pode ser quase um "pedalinho". E só existir na nossa imaginação.
Voltando a Petra. Os administradores do parque e o próprio diretor resolveram confiscar o pedalinho, levá-lo para outro lugar, pra ver se a cisne se esquecia desse amor impossível.
E eis que em um dia de inverno, depois de várias tentativas para separar os cisnes, Petra mudou de idéia. E resolveu se apaixonar por outro cisne. De carne e osso, só não sabemos a cor da plumagem.
E qual a conclusão da nossa parábola: tem vezes que a gente está apaixonada por um pretê-pedalinho e de nada adianta nossas amigas falarem, rezarem ou nos arrastarem para baladas. Por mais roubada que ele seja, continuamos lá, cegas pela imponência das plumas brancas.
Mas daí, um dia, acordamos com um outro humor, e, sim, arranjamos alguém da nossa turma. Por isso, quando tudo der errado, lembrem-se da cisne Petra.
E que pedalinho só serve pra dar uma voltinha.

(Apostila do Aluno Português Volume 3, 2ºano.
Folhinha.)