sábado, 23 de julho de 2011

Peace ...


 Ela acreditou muito, ela amou muito, deu sua vida por um amor, passou por cima de qualquer coisa e qualquer pessoa que quisesse botar um ponto final nisso tudo. Mas quem ela mais amava - a razão de todas as suas revoltas - botou esse ponto. Essa doce menina então virou a mais cruel inimiga do seu coração. Passou a odiar quem amava, passou a acreditar que tudo que ela havia vivido era em vão, passou até mesmo a chorar. Cada dia ela agia de forma diferente, tinha dias que ela chorava pela dor que acumulava, outros dias ela chorava de raiva, outros ela vivia por viver e outros ela vivia intensamente, mas sempre com aquela dor - que não deixava ela respirar - ali. Essa menina chegou a pensar em se matar. Pensou que nada mais haveria sentido na vida dela, pensou por dias, que ninguém se importava com ela  pensou até que ela era o maior erro do mundo. Talvez ela até fosse o maior erro do mundo, mas um erro que ficou muito mais errado depois daquele amor. Aquele amor que fez ela ser única, talvez a pessoa mais feliz do mundo por alguns minutos. Ela tinha se infeitiçado por aquele menino, ela tinha apostado todas as suas fichas naquele "amor". Depois de tantas idas e vindas aquela menina estava ainda de pé. Com muita dificuldade ela tava de pé. No mundo dela, tudo estava desmoronando, nada estava no lugar. Aquele menino havia matado todas as chances dela ser feliz. Havia matado aquela menina, agora ela era uma mulher, fria. Sim, depois de tudo, ela se tornou fria, ela se tornou sem coração, depois de meses... nem chorar ela sabia mais. Tudo era muito monótomo. Tudo parecia ser muito igual. Pra qualquer lugar que ela olhava, um retrato obscuro não deixava ela seguir em frente. Mas mesmo assim, ela lutou, com todas as suas armas, ela viveu com aquela dor, que não deixava ela fazer nada. Mas ela não se importava, ela continuava caminhando. Essa menina nunca foi muito boa pra desabafar, ela sempre achou melhor desabafar com as palavras dela, com ela mesma. Ela se dava conselho. Ela se sentia sozinha, sentia que não tinha mais amigas. Ela começou bravamente encarar os fatos: Ela estava se matando. Essa menina desistiu. Um lindo dia, em um de seus endereços eletronicos... essa menina viu um sinal de vida dele. Tudo parou, ela ficou paralisada por alguns minutos, tremendo, com uma alegria imensa, algo inexplicável. Ela conteu suas emoções e friamente respondeu a todas as perguntas... até chegar a mais temida: "desde quando tu me ama?" ela ficou sem reação, sem saber o que falar. E na cabeça dela sugiu a seguinte frase: "talvez de outra vida..." mas não. Ela continuou fria, afinal, ela aprendeu isso com ele. E respondeu: "não sei, faz algumas semanas, eu acho". Era menitira, aquele amor já estava presente no coração daquela menina a muito tempo. Depois disso, por dias, ela viveu um sonho, tudo havia voltado a ser como era antes... TUDO! Ela ouvira os "eu te amo's" mais belos, as frases mais bonitas. Tudo acalmou o coração daquela jovem. Ela vivia novamente, ela respirava um amor, na verdade uma benção divina que aquele rapaz havia trazido para ela. Ele não sabia o amor que ele trazia pra ela, ele não imaginava o quão importante a presença dele era. Pra ele, ela era só mais uma menina. Mas ela ainda não havia descobrido isso. Até que um dia, ele cortou esse laço. E essa menina, que achava que dessa vez seria pra sempre, se feriu, de uma forma tão anormal que ela não teve outra reação ao não ser rir, pra esconder tudo que ela não queria lembrar. Ela não queria mesmo, nunca quis. Mas toda vez que a plaquinha do msn dele subia... algo ensistia em relembra-la tudo de mais precioso que um dia poderia ter ocorrido. Essa menina então tomou uma decisão; guardar, sim, guardar tudo que ela vivera até ali dentro de uma caixa, onde ficou seu amor, sua dor, sua saudade. Tudo. Essa caixa só não conseguia guardar os pensamentos dela. ... Até que um dia, essa menina por curiosidade, resolveu reabrir essa caixa. Afogada por aquele amor, ela descobriu uma lágrima, que ela não havia guardado na caixa, mas uma lágrima que foi achada ali. Ela então fechou a caixa e foi para o seu único passa-tempo. O computador, onde havia batalhas diárias, naquele endereço virtual onde ela tinha voltado a falar com o menino. Mas aquele dia as batalhas foram mais intensas, aquele dia ela resolveu jogar tudo pro ar. Aquele dia, ele resolveu falar novamente com ela, ele não brigou só com ela, brigou com alma, com os pensamentos, com a saudade e com o coração daquela criatura. Ele falou uma coisa que ela já disconfiava... mas precisava de uma afirmação. Ele afirmou. Nada foi sincero, em meio aquela afirmação, ela se fechou e botou fogo na caixa. Ele matou ela, matou a saudade, matou os pensamentos, ele jogou uma faca no coração dela. Ele acabou com tudo que ela sentia, ele confundiu e deixou aquela menina paranóica. Como a chuva, ela despencou. E se perguntou: "eu estou pronta pra enlouquecer?" mal ela sabia, que louca ela já estava, desde a primeira vez que havia fitado nos olhos daquele rapaz que destruiu a sua vida. E hoje? Essa menina ''suplica'' por paz. Por favor, paz. -